Ao contrário do que imaginamos, web padrão está diminuindo, afirma especialista.

Números mostram que a web que conectava páginas está acabando. Agora, ela conecta pessoas e entrega experiências mais significativas.

Dezenas de estatísticas sobre o crescimento de algumas áreas da internet têm sido publicadas e os números são, realmente, impressionantes. Os vídeos online estão com crescimento anual de mais de 45%. Já o tempo gasto em dispositivos móveis aumentou 28% em 2010 e as redes sociais são, atualmente, usadas por 90% da população norte-americana que usa internet.

Segundo Ben Elowitz, especialista em mídias digitais e colunista do site All Things, nenhuma dessas informações são novidade. Mas o que poucos sabem é que, quando estas três áreas da web são deixadas de lado, o resto da rede está diminuindo. Ao tirar o Facebook dessa conta, o consumo da internet, em minutos de uso, diminui para 9%, entre março de 2010 e março de 2011, de acordo com a comScore. E, mesmo quando se inclui o tempo de uso da rede social, o total de tempo gasto da web, sem dispositivos móveis, caiu 3% no mesmo período.



É fato que as redes sociais, especialmente o Facebook, estão crescendo rapidamente. Mas, ao analisar os dados, Elowitz percebeu que nem mesmo o site de relacionamento mais famoso do mundo está adicionando crescimento para as outras áreas da web. Pelo contrário, o site está diminuindo o consumo da internet em outros segmentos.

No ano passado, a participação do Facebook no tempo de uso da internet passou de 1 em cada 13 minutos online para 1 em 8. Isso significa que houve uma queda de mais de meio bilhão de horas de uso em março de 2011, em relação a março de 2010. Em termos financeiros, isso representa uma perda de US$ 2,2 bilhões em oportunidade de publicidade.

Essa mudança de direção da web, segundo o site, indica que não estamos apenas no meio de um “boom” de novos modos de interação, mas em uma revisão geral da internet. O que está substituindo a “Web Searchable” - acessos predominantemente através de pesquisa - é a chamada “vida totalmente conectada”, termo que indica que a web tem conectado pessoas e não mais páginas.

A internet agora sabe as identidades de seus internautas e está presente em todos os momentos de nossas vidas, devido aos dispositivos móveis com acesso à internet, e, portanto, entrega experiências bem mais significativas do que apenas textos, imagens ou vídeos.

Elowitz, que é estudioso das mídias digitais e sociais, também sugere que esta mudança de cenário prenuncia um impacto ainda maior nas nossas vidas. Isso porque os inovadores em mídias sociais estão criando novidades em cima desse novo mecanismo da internet e do novo formato de relações humanas que estamos estabelecendo. Com a velha internet diminuindo, a nova web que conecta vidas se expande, entregando experiências que tornam nosso tempo online mais eficaz, eficiente e agradável.